quinta-feira, 24 de julho de 2008

Por todas as feridas que ainda irão sangrar...Por todo as lágrimas que eu irei derrramar

A hora se aproxima
Posso ouvir até mesmo o barulho dos ponteiros
Será que irei me arriscar?
Se assim for minha vontade, sei que não poderei voltar

Eu mal consigo respirar
E eu gosto disso
O que será de você agora que eu não tenho nada mais que você possa roubar?
Talvez me devolva algo, para depois poder tirar

A desilusão me abraça
Caminhamos assim numa longa estrada
Se o ódio não me consome agora
É apenas porque sei que chegará a minha hora

A consciência de que a eternidade foi rompida
Tudo arma de uma grande ilusão
Não há passado sem saída
Apenas lembranças de toda uma vida

A escuridão sempre foi o meu maior refúgio
O delírio da alma, inocente, inconstante
Se hoje busco uma base
É porque não mais acredito que seja somente uma fase

Meus olhos se fecham
Mas é exatamente aí que minha mente se abre
Descubro que para alcançar a felicidade
Não existe uma só verdade

Vazios são meus sonhos
Porque refletem meu coração
Confusa é minha mente
Que ainda busca explicação

Temo pelos próximos dias
Nem ouso tentar ver meu futuro
Por todas as feridas que ainda irão sangrar
Por todas as lágrimas que eu irei derramar

Se tudo me parece tão claro
Porque não me condeno aos meus impulsos?
Seria o medo que ainda existe em mim
Ou o conformismo de que tudo pode continuar assim?

Para que tantas alternativas
Se eu já fiz a minha escolha?
Depois de tantas quedas e tropeços
Descobri que tudo tem seu preço

E isso tudo são apenas linhas
Que buscam mostrar não apenas sentimento
Trazem junto um gosto amargo
De um possível arrependimento

Não pelo que eu fiz ou deixei de fazer
Mas por aqueles que um dia machuquei
E carregar a cruz do medo
De conhecer a face daqueles que um dia eu machucarei

terça-feira, 22 de julho de 2008

E eu me deparo com isso aqui de novo...
Mais uma noite não dormida
Se um dia achei que eu seria forte
Hoje vejo que esse dia se aproxima

Por que eu sinto como se meu corpo me preparasse para uma batalha?
Por que ao mesmo tempo que eu temo o final, espero ansiosamente pela sua vinda?
Eu não quero me questionar
Tudo o que eu quero é viver

Já cansei de tentar ter o que eu preciso
Alguns disseram que o ódio cresceu em mim
Mas na verdade é só a repulsa por tudo que é humano tomando conta de mim.
No fim, somos todos iguais

Olhe para mim de novo
Me diga se essa garota ainda não é a mesma de alguns anos atrás
Sim ainda cometo aquilo que você prefere chamar de erros
Ainda dependo, ainda busco
E ao contrário do que muitos pensam
Eu ainda encontro

Agora, é meu lado calculista vivendo
Aquele lado que joga sabendo das possibilidades
Aquele que escolhe não por si mas pelos outros
Por que até mesmo todos os meus cálculos conseguem ser uma baboseira sentimental?

Eu poderia desisitir mas continuo vagando...
Eu poderia esquecer, mas faço questão de me lembrar todos os dias...
Eu poderia jogar tudo para o alto, mas continuo me importando em recolher os cacos
Eu poderia me arriscar, mas as consequências seriam duras de aceitar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Eu sei, não posso causar um regresso
Já é tarde, me deito e como todas as noites
Não consigo mais fechar meus olhos
Onde foi parar meu mundo onírico?
Agora todas as noites travo batalhas para encontrá-lo
Meu bom e velho lugar onde respiro em paz
Estranho é ter uma certeza te matando por dentro
E saber q essa certeza um dia irá embora
Dando lugar a outra certeza pior
Como eu ainda consigo caminhar?
Sobre os últimos cacos pude ver meu ultimo desejo...
Justamente aquele que nunca realizarei
Não há mais nada a dizer...
Não há nada que eu possa fazer