quinta-feira, 24 de abril de 2008

Megalomania

E o ódio me consome de uma forma que há muito tempo não consumia
Mais um surto repentino movido por um sentimento estranho
Eu já devia imaginar aonde eu ia parar
Retorno para as trevas de onde nunca devia ter saído
Minha autodestuição, recompensa para todo meu sofrimento
Punição para meus sentimentos
Marcas que vão além do físico
Eu já não sinto medo, eu já não existo
Respiro desesperadamente apenas para suprir minhe necessidade de me sentir humana
A obsessão por um dia poder vagar livremente
Meu corpo treme devido ao frio que há dentro de mim
O mundo já não me é o bastante
Se tudo termina, por que eu ainda insisto em começar?
No fim acabo sem nada
Sem ao menos mim mesma
Retorne em meus sonhos, lugar seguro para guardar o que eu nunca vou ter
Lugar onde uma pessoa caminha solitária
Me encontro submissa a esses raros momentos
Por um tempo desejei me afastar,
Agora que as circunstâncias nos distanciam
No exato momento em que metade da minha vida é você
Perco minha vida, o que resta é a agonia
Nada é o suficiente, doce megalomania
Perfeição nunca poderá existir
O fim já chegou

ps: eu tinha dito que o texto anterior seria o último, mas desde quando eu cumpro minhas promessas????

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A última gota de sangue sobre o espelho quebrado...

E eu me preparo para o que talvez seja meu último suspiro...
Rastejo em sua direção
Mas aonde está você que meus olhos jah não podem mais ver?
Você nunca esteve aqui...
Minha vida se esvai a cada gota de sangue derramada...
A última se aproxima...
E então será tarde demais...
Para você, para os outros...
Não haverá segunda chance...
Uma vez quebrado não há como consertar um espelho...
E tudo que resta são os pedaços refletindo distorções de imagens que um dia foram belas...
Lembranças sujeitas ao esquecimento...
Surgindo para se tornar um trauma....
Só existe uma forma de me livrar de tudo isso ...
Quebrar o último vínculo...
Derramar a última gota de sangue sobre o espelho quebrado




Ps: desde o primeiro dia .. eu tentei compreender o que meu subconsciente quis dizer com a frase título do blog... Hoje eu sei claramente...
Talvez seja a última postagem... como tudo tinha que ser ... esse blog também morrerá cedo....

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A última grande queda

Minha última grande queda se aproxima do fim
Já não sei se terei forças para recolher meus cacos
Fugir de mim mesma já não é a solução
Por mais que eu me olhe no espelho, tudo que eu vejo é um fundo escuro
Reflexos de quem um dia eu fui
Sinto falta de coisas, pessoas, sentimentos que eu nunca tive
Sinto falta do que eu tive, mas nada me tortura mais do que a falta que eu sinto daquilo que eu tenho agora
Encantamento instantâneo me corrói a cada dia
E não há ninguém para me tirar daqui
Porque todos que caminharam ao meu lado se tornaram um veneno para mim
Carrego o peso de ter sido um problema para todos que um dia estiveram aqui
Existem condenações surgindo por todos os lados
Fujo da realidade, mas nenhum lugar é seguro
Me entrego completamente ao meu fim
E ali permanecerei até que alguém me resgate
A dor me traz um alívio que as lágrimas já não trazem
Assisto a vida passar diante dos meus olhos e sei que é inútil esboçar qualquer reação
Eu passaria despercebida se não houvesse meu fascínio pelo desconhecido
Razão do único sentimento humano que eu possuo
Agonizo na ilusão de que serei ouvida
Na inconsciência que cai sobre mim todas as noites
E me abre os olhos para quem eu realmente sou

domingo, 13 de abril de 2008

"feridas cicatrizam, mas a dor continua a mesma"

dor...
a única coisa que me restou...
a tortura diária de viver fora da minha própria realidade...
de que me adianta fugir, se quando fecho os olhos tudo se evidencia em meus sonhos?
mais uma condenação se abate sobre mim...
ver tudo que eu quero passar diante dos meus olhos, mas jamais poder ter....
sim ... dos meus desejos cultivados agora colho ilusões, manifestadas a cada dia mais na minha vida onírica.
se eu ao menos pudesse tornar o onírico real...como tantas vezes já fiz antes...
mas eu aprendi as consequências de quebrar essa barreira...
se hoje carrego feridas que nunca cicatrizam, foi porque fiz do irreal minha realidade, me arrisquei, mesmo sabendo que uma imensa queda seria inevitável...
as feridas... hoje não me importam mais....
sei que é como um dia eu ouvi: "feridas cicatrizam mas a dor continua a mesma"
estou cansada de minhas próprias palavras...sempre tão vagas...
vagas como meu coração...
onde um dia alguém já caminhou... e talvez ainda caminhe...
sangro a cada passo seu... mas sei que se vc está saindo da minha vida é porque de certa forma eu coloquei alguém em seu lugar...
é justamente aí onde eu me perco...
não ser capaz de cumprir minha própria promessa...
essa frieza já não faz mais parte de mim...
agora que eu preciso de um sentido para continuar indo em frente...
um sentido que eu nunca vou ter...
minha obsessão pelo proibido juntamente com minha doce paixão pelo impossível...
que tragam a rosa sob a qual deitarei...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Atada à Você

Me arrasto a cada dia rumo à destruição
Eu já não me importava em estar vazia
Mas você me devolveu sentimentos
Voltei para minha agoniante espera
E ali permanecerei, atada a você
Ainda assim mergulhada em profunda solidâo
Porque tudo na minha vida é incompleto
A insanidade esconde a tristeza em mim
Somente seu silêncio ainda me abala
E me leva à agonia de tentar beber respostas em cada uma de suas palavras
E crio ilusões, que agora transformo em sangue que derramo por você
Sua ausência revela minha súbita submissão
Como eu pude sucumbir tão rápido aos seus pés?
Minha doce adoração pelo impossível
Dentro de mim vive um grande desejo
Porém nunca mais viverá um grande amor