terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A Inocência dos Insanos

Chegou a hora de eu me criar
Domar-me com olhos de crueldade
Conviver com o meu pior
Para somente assim conseguir ser melhor
Eu não terei que abrir outra ferida
Enquanto esta ainda sangrar o suficiente para alimentá-los
Um abismo se abriu entre o sonho e a realidade
Engolindo a verdade

Que eu seja cega para não viver de ilusões
O que foi perdido não voltará
Apenas outro dia deixando tudo para trás

As lágrimas fluirão, mostrando que eu conheci a dor
Nada pode ser esquecido uma vez que foi vivido
Recordações vivendo em um vazio
Flutuando até minha mente
Sete sonhos eu vivi
Por sete noites eu morri
A inocência dos insanos
Doce pecado servido em bandejas de prata
Prêmio de consolação dos derrotados

Traga mais um copo do meu sangue para a mesa
Ofereça um brinde por aqueles que nunca se foram
Celebre enquanto eu estou de joelhos
Eu não sou mais vítima de mim mesma
A criatura selvagem foi solta para mostrar sua real face
E ser domada pelo que restou de mim

As lágrimas fluirão, mostrando que eu conheci a dor
Nada pode ser esquecido uma vez que foi vivido
Recordações vivendo em um vazio
Flutuando até minha mente
Sete sonhos eu vivi
Por sete noites eu morri
A inocência dos insanos
Doce pecado servido em bandejas de prata
Prêmio de consolação dos derrotados

Chegou a hora de aprisionar o que ainda existe
Partir o crucifixo ao meio antes que cada seta siga seu caminho
Somente sangrando eu lembrarei do valor da dor
Permita-me alimentar as memórias
Mas impeça-me de criar novas
O último desejo de quem escolheu não sucumbir
Mais um dia respirando em vão
Porque eu não quero descobrir uma razão

Que eu seja cega para não viver de ilusões
O que foi perdido não voltará
Apenas outro dia deixando tudo para trás

Assista
Um novo reinado para ninguém
Minha mente governando
A cada passo a força cresce
Sonhar é um pesadelo
Resista
A destruição virá com o tempo
Mas sempre restam ruínas
Fortes o suficiente
Impedindo que cada linha se torne a última

As lágrimas fluirão, mostrando que eu conheci a dor
Nada pode ser esquecido uma vez que foi vivido
Recordações vivendo em um vazio
Flutuando até minha mente
Sete sonhos eu vivi
Por sete noites eu morri
A inocência dos insanos
Doce pecado servido em bandejas de prata
Prêmio de consolação dos derrotados

Ainda há uma taça com meu sangue sobre a mesa...

2 comentários:

rodolfo42 disse...

Não sei daonde vc tira tanta inspiração menina!

É um dos poucos textos que não são pequenos e que gosto de ler!

Continua assim, é legal imaginar o que você quis dizer, mesmo que o que eu entenda na minha mente seja um monte de palavras sem sentido auAEHaeUHAE

Bjao

Unknown disse...

Eu gostei das antíteses e dos paradoxos constantes no poema.

Percebe-se sempre um "quê de Bittersweet"

Achei interessante...a inocência dos insanos...gostei pra caramba do título!

Sete sonhos... bandejas de prata...

Gostei muito da parte em que fala que não devemos abrir outra ferida, enqaunto a que já aberta é o suficiente para que outrso possam se alimentar...dá pra tirar altas conclusões disso também...

"Eu não sou mais vítima de mim mesma"

Eis a diferença entre um "uivador" e um "poemeiro comum"...


Sempre assim, afogando-se, renascendo, pecando, indo de encontro ao mar...novamente...vou ler isso de novo..gostei!

^^
Tá MARA!
^^