sábado, 25 de outubro de 2008

O início da decadência

Eu não consigo respirar
A dor é grande demais
As lágrimas rolam com uma espantosa facilidade
Agonia,
Eu não posso mais suportar
Será que eu terei que escrever na minha testa?
A ferida se abre todos os dias
A cada palavra sua
Minha alma congela pouco a pouco
Agora sou eu de novo
Minhas esperanças se foram
Se quebraram antes mesmo que eu pudesse cair
Eu me condenei quando aceitei o destino
Permiti que tudo acontecesse e não me mechi
Hoje não há mais tempo
Estou fadada à destruição
O sangue que eu derramei deixou um rastro
Que agora é seguido pelos meus pesadelos
Quanto mais eu fujo mais deixo pistas
A escuridão ainda é um abrigo seguro
Por favor...
Mude isso
A mão do destino continua me afogando
Em um mundo onírico
Porque?
Eu não enxergo outro caminho
Somente o que me leva à ruina
Meus olhos se apagaram
Não adianta mais abrí-los
Apenas mais um dia para aquela que espera pelo fim
À beira de um abismo
Onde todas as soluções se tornam novos problemas
Me permita uma única dança
Ao menos uma vez
Poder ter a sensação de que valeria a pena ter tentado
Saber que não foi em vão
A última chance de resgatar minhas asas
E então eu aceitaria meu destino
O passado não é tão diferente assim do meu futuro
As correntes ainda são as mesmas
E as marcas por elas deixadas no meu pulso
Permanecerão enquanto eu ainda puder me lembrar
De toda a minha incapacidade
De como eu me permiti
O início de minha decadência

2 comentários:

Unknown disse...

"Lost in the darkness...hoping for a sight..."

É incrível como a dor e o desespero, sentimentos, emoções consideradas negativas podem fazer com que belos poemas surjam...

Eu consigo sentir a sua tristeza...

Em cada verso, em cada palavra, é latente a emoção que tomava conta de você...

Sei que é um período difícil pelo qual você está passando...

Escrever é uma de nossas armas contra a destruição de nossas almas...

Mas se um dia, escrever não for o bastante, saiba que aqui sempre estarei, O Lobo, pronto pra defender você, que já faz parte da minha alcatéia!

Um abraço forte, apertado e carinhoso de um amigo que muito te preza!

Beijos.

A escritora disse...

Escrever é uma de nossas armas contra a destruição de nossas almas...[2]

Não há como não concordar com Jonas.
Escrever nada mais é do que a forma de externar nossa dor, nossas lágrimas, nossos medos, desejos impossiveis, sonhos...

Unidos pela eterna melancolia; ligados pela pena.

Suas palavras encontram eco no meu espirito, ou será meu espirito que esta escrito nas sua palavras.

Irmãs de pena, irmãs de melancolia, irmãs de alma...

Saiba que eu sempre estarei aqui, numa constante e initerrupta decadencia, que so nao me destroi por existir pessoas como vc e o Jonas na minha vida.

Beijos